A Programação Neurolinguística, ou PNL, é uma técnica que surgiu na década de 70, criada por John Grinder e Richard Bandler. O objetivo da criação da PNL foi o de entender o funcionamento do cérebro, incluindo como são criados os pensamentos, os sentimentos, as emoções e comportamentos. Além disso, logo de início foi visto o potencial para a PNL ajudar a melhorar o processo de aprendizagem.
Em outras palavras, podemos dizer que a PNL é a ciência que explora a forma como o cérebro compreende e produz a linguagem e a comunicação, de todos os tipos e formatos. Afinal, “programação” diz respeito aos padrões comportamentais, “neuro” vem dos processos neurológicos do cérebro, e “linguística” é sobre linguagens verbais e não verbais.
Para quem está na área da educação, a PNL pode ser bastante útil para trabalhar inteligência emocional, tanto do educador quanto dos alunos. Desse modo, é possível proporcionar uma forma mais efetiva de aprender.
Assim, se você deseja ter maior domínio sobre diferentes sentimentos, pensamentos e comportamentos, além de alcançar novos resultados no processo de ensino e aprendizagem, este artigo pode te ajudar. Continue a leitura para saber tudo sobre PNL na educação.
O que é a PNL na prática?
Como visto acima, a PNL é uma técnica que busca a compreensão de como os estímulos surgem e são processados pelo cérebro. Dessa forma, de um ponto de vista prático e voltado para a educação, a PNL fornece modelos de aprendizagem.
Assim, a PNL funciona de modo similar a um manual de instruções, ensinando como deixar os alunos mais focados e propícios a aprenderem o conteúdo ensinado. Afinal, a sala de aula é um ambiente plural, onde cada aluno tem sua própria maneira de aprender.
A PNL permite que o professor identifique a forma mais adequada de aprendizagem para cada aluno, individualmente. Existem diversas técnicas que podem ser aplicadas em um contexto único da PNL, ajudando o aluno a atingir o seu melhor desempenho.
PNL e os estilos de aprendizagem
De acordo com a programação neurolinguística (PNL), existem quatro sistemas representacionais. Confira:
Auditivo
É aquele que aprende melhor ouvindo. O aluno auditivo aprende a partir da escuta e apresenta um amplo vocabulário, se expressando com objetividade.
Visual
É aquele que absorve melhor o estímulo visual. Esse tipo de aluno usa a visão como maneira de conseguir informações, identificando as coisas por meio de imagens. Eles possuem memória fotográfica e geralmente qualquer som funciona como uma distração.
No geral, preferem estudar sozinhos a perguntar ou depender do professor ou de um colega de turma.
Cinestésico
É aquele que sente, gosta de colocar a mão na massa. São alunos que precisam entender o conteúdo através da prática e não conseguem passar muito tempo parados, resolvendo exercícios, sem qualquer ação.
Digital
É aquele que ouve e entende. O aluno digital faz muitas perguntas e precisa de muita informação. Alunos com essas características estudam as ideias para descobrir se elas fazem sentido e estão sempre dialogando internamente.
Como aplicar a PNL na educação?
Principalmente diante do cenário atual, em que as aulas presenciais já retornaram após um período remoto, a PNL pode ajudar muito a recuperar o interesse dos alunos.
Portanto, com o intuito de promover diferentes tipos de atividades e respeitando o sistema representacional de cada aluno, confira as dicas de metodologias para diferentes estilos de aprendizagem:
Aluno auditivo
No caso do aluno que aprende melhor pela escuta, o mais efetivo é trabalhar com ferramentas que estimulem este sentido. Por exemplo, uma ótima maneira para atingir esse perfil de aluno é usar um podcast ao direcionar os conteúdos escolhidos em uma aula invertida.
Por meio dessa ferramenta, o professor pode fazer uma seleção de podcasts e pedir que o aluno responda um questionário, faça um resumo do tema escolhido, e até que apresente a solução para um problema, a partir do que ele estudou em determinada matéria. Isso é feito a partir da metodologia do Aprendizado Baseado em Problemas.
Aluno visual
Para esse aluno, da mesma forma, a ideia é trabalhar com ferramentas que estimulem seu sentido da visão. Por isso, é essencial que a aula tenha slides, imagens e vídeos para que ele assimile melhor o conteúdo.
Um exemplo bastante útil é que o professor crie ou disponibilize vídeos, ou até mesmo indique um filme e pedir para que ele responda questões relacionadas ao filme como: O quê? Quem? Quando? Onde? Porquê? da história.
O importante aqui não é a ordem destas perguntas, mas sim que o aluno busque as respostas dentro do vídeo ou filme indicado. Também é uma possibilidade excelente que o aluno aprenda a relacionar o tema do filme com outro conteúdo previamente estudado na matéria.
Aluno cinestésico
No caso de alunos que aprendem pela prática e pelo conjunto sensorial, a melhor sugestão é a inclusão de atividades que envolvam o tato e a experimentação, como pintura, desenho e até mesmo algum trabalho manual, como é feito na cultura maker.
Uma ideia é pedir que esse aluno estude determinado tema e coloque a “mão na massa”, fazendo uma arte do que ele aprendeu ou do que mais chamou a sua atenção durante o estudo. Ou ainda criando um projeto, seguindo a lógica do Aprendizado Baseado em Projetos.
Esse processo permite atribuir mais significado para o que está sendo construído pelo aluno, principalmente por ter sido feito muitas vezes de forma manual.
Aluno digital
Para esse tipo de aluno, é interessante propor atividades que estimulem a sua autonomia e também a capacidade de explorar diferentes assuntos.
Pensando nisso, é possível usar uma importante metodologia ativa de aprendizagem derivada do ensino híbrido, a sala de aula invertida.
Nela, o professor vai definir qual tema será estudado e, a partir disso, o aluno irá estudar esse material e descobrir por conta própria sobre o que se trata, para depois apresentar para a turma o que aprendeu. Essa apresentação pode ser feita em formato de uma aula, colocando o aluno como protagonista do processo.
Aprenda a praticar PNL em sala de aula
Em conclusão, podemos ver o quanto é possível promover metodologias ativas de aprendizagem com a PNL, fornecendo ao professor inúmeras formas para que seus objetivos com os alunos sejam alcançados.
Ainda com a PNL, é possível articular o aprendizado e as discussões que surgem em ambiente escolar. Dessa forma, é possível potencializar o desenvolvimento da autonomia e competência de cada estudante.
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