O Método Psicanalítico de Freud
Em 1904 Freud escreveu “O método psicanalítico de Freud“, texto onde descreve técnicas e métodos para conhecer e trabalhar o inconsciente, após abandonar a hipnose como forma de investigação e tratamento das histerias.
O método psicanalítico freudiano tem como objetivo trazer a consciência impulsos e sentimentos que normalmente não temos acesso. Esses impulsos e sentimentos que estão no inconsciente se manifestam através de:
- sonhos;
- associação livre no diálogo;
- atos falhos;
- chistes: uma graça (piada, brincadeira ou qualquer comentário divertido) que tem como objetivo descarregar alguma emoção reprimida;
- testes projetivos – é um tipo de teste psicológico que se baseia na interpretação de informações, projetando aspectos de sua própria personalidade;
- história de sintomas neuróticos e psicóticos.
Com essas ferramentas é possível identificar conteúdos expressos pelo inconsciente e pré-consciente.
Associação livre
Freud elaborou uma metodologia que inicia com uma entrevista preliminar, onde o paciente traz a sua queixa e o psicanalista o deixa falar, utilizando-se de técnica da associação livre. Após essa primeira entrevista o psicanalista passa a formular uma ou, as vezes, algumas hipóteses sobre a estrutura psíquica do paciente, identificando se trata-se de uma neurose, perversão ou psicose a partir da linguagem verbal e não verbal do paciente. A saber:
Neurose: histeria, obsessão e compulsão.
Características:
- Frustração;
- Depressão;
- Repetição.
Perversão: degeneração.
Características:
- Fetiche;
- Negação.
Psicose: paranoia, autismo e esquizofrenia.
Características:
- Alterações de humor;
- Confusão nos pensamentos;
- Alucinações;
- Mudanças repentinas nos sentimentos.
A partir da hipótese criada, o psicanalista desenvolve uma linha de atendimento para as sessões seguintes, que vai sendo ajustada com o encaminhar das sessões e a resposta de cada paciente à sessão anterior. Esse processo é a analise propriamente dita.
O objetivo fim da analise é a remoção da causa do problema relatado e não a pacificação dos sintomas. Dessa forma, não se trata aquilo que o paciente relata como desconforto, mas a neurose, perversão ou psicose que originou esse desconforto, podendo assim livrar definitivamente o paciente daquele problema.